6 lições de Ted Lasso que tornam qualquer pessoa melhor

Seja pra liderar a si mesmo, seja para liderar um time: algumas lições precisam ser aprendidas. Ted Lasso assumiu pra si essa responsa, nos divertindo enquanto manifesta as mais importantes. Confira e veja se já aprendeu todas.

Ted Lasso, uma série da Appe TV, esbanjou premiações no Emmy. Mas não é sobre as brilhantes atuações ou roteiros que vamos falar aqui.

Eu assisto muitas séries e filmes e o critério principal para escolher meus preferidos é o quão verdadeiros e complexos são os personagens e seus dilemas. Afinal, sou apaixonada pelo que as histórias podem nos ensinar sobre como viver melhor.

Então, desde o lançamento acompanho e fico pensando nas várias abordagens que esta produção carrega. E decidi que a forma mais completa e útil de falar de Ted Lasso é mostrando que qualquer pessoa pode se tornar alguém melhor – profissional ou afetivamente – incorporando alguns comportamentos básicos.

Autenticidade

Ted Lasso se constrói sobre a ideia de um técnico de futebol americano, que, junto com seu parceiro, Beard, vai parar num clube de futebol ‘normal’. Não só isso: na Inglaterra, um país culturalmente cheio de ressalvas com os Estados Unidos, de onde ele vem.

Ted é uma personificação de como a autenticidade é chave nas nossas relações e conquistas. Ele chega sem saber nada sobre futebol, sem conhecer a cultura inglesa, e… sem nenhuma vergonha de assumir isso e ser ele mesmo.

Faz piadas. Esforça-se em ser aceito, querido, valorizado – mas jamais abre mão de ser ele quem é para isso.

Assim como Beard, que faz amigos mesmo sem falar muito. Ou Roy, que tem um carisma pessoal conflitante.

Propósito

Em Ted vemos aqueles homens, que chutam bolas, e suam e fazem cara de maus, e sentem dores, e cospem no chão e xingam, e comemoram jogos, e brigam ás vezes.

Eles amam jogar bola.

Porém, por conta das pressões da vida, da necessidade de apresentar resultados e de exercer o papel que o time espera de cada um, podem esquecer por que estão ali.

Em vários momentos a história nos apresenta essas dicotomias. Mas, até agora, a cena com o novo capitão. Carregando o peso de ser comparado com seu antecessor, que não só era respeitado pelo time como amado pela torcida – começa a desenvolver um comportamento de liderança imperativo.

Ele então é levado para um campo de futebol de ‘rua’. Tenso e com raiva ele é driblado e humilhado – ali ele deixa de ser capitão do time local. Ele é só um cara, apanhando feio.

Cansado e confuso ele é lembrado que antes de ser jogador profissional e ganhar por isso, ele chutava bola com os amigos porque era divertido. Lembrete que faz com que ele volte pro campo mais leve e, claro, dê seu show.

Postura

É muito legal ver e aprender sobre postura em Ted Lasso. Porque, como mencionei, a construção dos personagens é o principal valor da série. E, nela, podemos ver como nossa postura interfere nos resultados que buscamos e que conquistamos quando interagimos com o mundo.

Eu escolheria dois momentos para exemplificar isso. Um, quando Nate, subjulgado e com desejos sempre negligenciados, finalmente passa a adotar para si uma postura firme e decidida para conquistar o que deseja.

Outro, é quando Jamie Tartt tem o aval pra “ser babaca”. Ele carrega o estereótipo do jogador-estrela: egocêntrico, prevalecido, convencido e irritante. Mas depois de um declínio na carreira, é aceito novamente no time desde que ‘se comporte’.

Tudo parece ir bem. Exceto pelo fato de que, ao abandonar totalmente sua natureza agressiva em campo, começa a dar muito espaço para o adversário crescer no jogo.

Então ele finalmente é estimulado a explorar o seu lado mais confiante em momentos oportunos, para desestabilizar o adversário. Essa mudança de postura não só favorece o time, como o desempenho dele em campo.

Vulnerabilidade

Eu sei: você tem ouvido sobre vulnerabilidade sobre aí. Mas é inevitável reconhecer que foi um fio condutor da série. Desde os primeiros episódios vemos como cada personagem interage com este comportamento e os desdobramentos destas escolhas

Embora ficcional, podemos ver vários pessoas que conhecemos ali, e como nós mesmos lidamos com nossas imperfeições e medos.

Vemos Rebecca gerenciando o medo da rejeição, os entraves sociais e os bloqueios transacionais de carreira e papel na empresa. Mas também vemos Keeley se expondo, ora sofrendo, ora sorrindo, mas sempre disposta a entregar-se a qualquer projeto que deseje.

(e vemos cenas sublimes de vulnerabilidade masculina que não posso contar porque me comprometi a não dar spoiler.


Empatia & Alteridade

Como qualquer situação nova, logo no início da trama, já começamos a escolher nossos preferidos: para amar e detestar. Porém, precisamos lidar com alguns tapas na cara sutis (ou nem tanto) que a série oferece.

Ela vai mostrando que todo mundo tem um passado, uma história. Uma base sob a qual se tornou o que se tornou.

Os personagens não são colocados como vítimas das circunstâncias, mas sim como o resultado de um conjunto de escolhas feitas diante das suas experiências.

E é verdade que nem sempre, nas nossas relações, podemos conhecer o histórico das pessoas, entender porque elas são como são.

Mas a série nos ensina que sempre podemos lembrar: você tem todo direito de não gostar de alguém, mas toda a liberdade para considerar que esta pessoa tem seus próprios calos.

Humildade

A vida é cheia de valentões. E mesmo que você seja ou já tenha sido um, você não está escape. Por isso, é preciso escolher como você quer lidar com isso – sem se tornar parte do problema.

Esse é o dilema de Nate, um garoto tímido e apagado da equipe do Richmond. Ele é constantemente ridicularizado, negligenciado e destratado por outros personagens. Até que a situação muda e ele se sente mais confiante.

Mas ainda existem desafios sociais que o incomodam. Então ele passa a usar sua nova influência como armadura para explorar quem demonstra qualquer sinal de ‘fraqueza’. Fica claro que Nate faz isso como forma de compensar sua própria ‘fraqueza’.

Logo, ele passa a se tornar alguém que não gosta. Quando lhe avisam sobre isso, ele toma algumas atitudes que mostram que é possível ser amado e respeitado sem ser rude e arrogante.


E aí, qual sua lição preferida?

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