6 coisas melhores que Instagram e WhatsApp pra explorar seu tempo

Não é como se eu fosse sócia-proprietária dessa sensação, mas nem por isso ela se torna menos válida: tô cansadona de certas atividades online. Instagram ganhou o Emmy Ranço dessa categoria.

WhatsApp, por outro lado, acaba sim sendo uma mão na roda pro trabalho.

Mas gera uma série de ansiedades que poderiam ser resolvidas de várias outras maneiras – como todas as que nos serviram muitíssimo bem antes de ele existir. Lembra?

Inclusive, eu já estava preparando um artigo trazendo outras opções bem mais legais. E aí, essa segundona, cai instagram, cai facebook, cai whatsapp

Resultado: todo mundo pira, né Mauricio Stycer?

Impossível não escolher esse tweet do Mauricio Stycer como meu favorito da situação


Eu, por outro lado, fiquei mais Edward Snowden: achei um dia abençoado. E me senti aliviada com a declaração dele.

Sim. Muitos vão me odiar. Mas não posso negar: é assim que me sinto. É mais forte que eu. O problema não é você.

Agora, vamos combinar: independente do que você pense a respeito, essa pode ser uma boa oportunidade de avaliar como está usando seu recurso mais valioso.

Por isso preparei 6 coisas bem melhores que o WhatsApp e Instagram pra explorar seu tempo. Confere!


Aprender algo novo

Posso pensar em pelo menos dez coisas novas que podemos aprender dedicando pouco tempo por dia.

Mas, compartilhando minha experiência pessoal, confesso que estou bem feliz em ter usado o tempo (que eu ficava em scroll infinito pelas redes sociais) para aprender algo que sempre me atraiu demais: o francês.

Sim. É verdade: meu marido não me suporta mais praticando (até quando não estou efetivamente estudando).

Porém, sigo satisfeita em sentir que, se eu fosse para Paris já saberia onde e como encontrar livros, pão, vinho, queijo, café, panqueca e cerveja. Sério: quem precisa de mais?

Tenho estudado cerca de 15 minutos por dia. Completamente de graça. Via Duolingo, sim, mas com toda a seriedade que um caderninho enfeitado de ”chattes noirs” pede!

Se idioma não é a sua praia, existem vários cursos free ou baratinhos por aí, como nos sites do Domestika, Udemy, etc. Até a Colab55 lançou uma lista de cursos para aprender fotografia. Escolhe alguma coisa e vai.


Uma voltinha pela web

Se perder num rolê aleatório – ou não tão aleatório assim – pela vida online também pode ser ok quando a gente tá naquela preguiça.

Melhor (é sério, bem melhor) que ficar naquele rolo infinito de vida normalmente plástica.

Pessoalmente, eu recomendo a todo mundo que tenha um canivete suiço pra esse tipo de coisa. Meu perfil curioso sempre me leva para umas viagens muito aleatórias na web.

Ás vezes são boas, mas na maior parte das vezes tendem a ser enlouquecedoras. Então eu tenho esses três canais que gosto muito:

Extraoficial: Eu juro que tenho curtido acompanhar eles por apps próprios. Gamei no Feedly Classic. Literalmente, preto no branco. Experimenta, vai.

Ah! Claro, até o youtube pode ser uma opção. Como gosto muito de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal, pingo no Nós da Questão, aprendo uma receita com o Mohamad Hindi, ou vou dar umas risadas com a pureza animada e nerd do Leon no Coisa de Nerd.


Um trabalho manual

Nosso corpo foi feito para se mover. Nossas mãos para construírem coisas. Vilém Flusser, um cara cuja obra e pensamento admiro muito (ainda que polêmico) fala muito sobre essa questão.

Temos, cada vez mais, perdido nossa capacidade de usar nossas mãos para construir coisas. Qualquer coisa. Desenhar , costurar, inventar moda.

Não precisa fazer bem. É só um exercício que pode ser, digamos, criativo. Então, é até melhor que você não saiba fazer bem.

Na boa, tente experimentar algo em que o sucesso não é medido pelo resultado final, mas pelo processo. O sucesso é você parar e fazer isso, com as suas mãos. E depois, claro, você pode olhar para sua própria obra e falar:

Na boa, tente experimentar algo em que o sucesso não é medido pelo resultado final, mas pelo processo. O sucesso é você parar e fazer isso, com as suas mãos. E depois, claro, você pode olhar para sua própria obra e falar:

“Ficou uma merda. E fui eu que fiz. Massa.”

Caso você seja viciado(a) em produtividade também pode escolher algo com menor risco e maior chance de aproveitar de forma dupla o tempo. Quando preciso de algo assim, cozinhar é minha… coisa.


Descobrir outros caminhos

Acho sensacional existir um conceito próprio para designar ambientes criados para as pessoas se socializarem e estabelecerem conexões, redes, interações.

É aqui o momento onde eu deixo claro: eu não odeio internet nem rede social. Eu só me canso da plasticidade e da falta de conexão que algumas delas têm com minha forma de ver o mundo e dos meus próprios interesses.

Para mim, a maior vantagem de uma rede social sempre foi – e me esforçarei para que continue sendo – uma oportunidade incrível para estabelecer o diálogo.

Diálogo, essa coisa sensacional e rara onde as pessoas genuinamente desejam aprender e evoluir juntas a partir da captação de experiências e perspectivas.

Assim, nos últimos tempos tenho me dedicado a descobrir outras, que apresentem maior sucesso com isso. Por exemplo, eu já usava, vez ou outra o Medium e o Twitter.

Mas recentemente o LinkedIn têm sido um bálsamo para consumo de conteúdo e trocas gostosas. (além de outras duas redes que tenho brincado e pretendo trazer aqui outra hora)


Ler, simplesmente

Eu fiquei na dúvida se deveria trazer esta de forma separada já que ela tem tudo a ver com aprender algo novo, buscar outras perspectivas e descobrir outros caminhos de consumo de conteúdo.

Mas, cara! Sinceramente. Não tinha como não trazer isso aqui. A leitura sempre foi algo muito presente na minha vida e eu realmente acho que têm um Q de liberdade.

Tanto pela possibilidade clichê mas real de explorar e conhecer novas coisas sem sair do lugar, tanto pela ideia de poder acessar novos conhecimentos.

(o que fica muito claro em “A pérola que rompeu a concha” – um dos mais recentes e marcantes que li e recomendo para estômagos mais fortes que o meu!)

Não tem desculpa pra não ler. A não ser que você seja daquele tipo que diz que não gosta mas nem tenta.

Fora isso… pega emprestado, vai na estante de alguma biblioteca ou da tia. Pede pro sobrinho escolher um da escola dele. Baixa baratinho pra ler no kindle ou no celular. Opção não falta.

Aqui, mesma lógica de como tenho aprendido francês: um pouquinho todo dia já significa um avanço enorme depois de uma semana. Cada vez que eu iria pegar o celular por pura bobagem, eu lia.

Gostooooso demais! #vidememe (do Garoto da Caneca que não lembro o nome, me ajudem).


Se presentear

Eu sei que você pode achar irresistível ler isso com a voz de algum vídeo cafona motivacional (e esse papo tá, cada vez, mais pipocando por aí.. então você pode sim querer revirar os olhos).

Mas serião: qual foi a última vez que você se presenteou com tempo? Sabe? Tipo, que você ligou um som e se preocupou só em ouvir aquela música.

Que você só parou na frente da janela e observou as coisas rolando lá fora. Que você olhou pra dentro. Que você se alongou ou deu aqueeela espreguiçada ‘fora de hora’ ?

Nesse mundo maluco que a gente têm mergulhado, nada pode ser melhor que esquecer o desespero por alguns minutos e escolher a si mesmo.

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